Iniciativa é realizada pela Sustentare em parceria com a Universidade Estadual de Feira de Santana (Uefs) e já transformou a vida de mais de 100 trabalhadores da limpeza urbana.
Um projeto de alfabetização voltado para garis de Feira de Santana, segunda maior cidade da Bahia, coordenado pela ichuense Sandra Nivia Soares, venceu o Prêmio LED – Luz na Educação 2025, promovido pelo Grupo Globo e pela Fundação Roberto Marinho, que reconhece práticas transformadoras no campo da educação em todo o Brasil. O anúncio dos vencedores foi feito quinta-feira (17), durante o programa especial da TV Globo, apresentado por Eliana.
![]() |
Projeto que alfabetiza garis em Feira de Santana é finalista de premiação da Globo |
O Prêmio LED reconhece práticas transformadoras em três categorias: educadores inovadores, estudantes inovadores e empreendedores/organizações inovadoras. O Alfagaris concorreu na categoria “educadores inovadores”. Cada categoria premiou dois projetos com R$ 200 mil.
Durante o programa, foi apresentado as iniciativas dos finalistas e a celebração dos projetos vencedores.
Segundo o superintendente da Sustentare, Sérgio Ojer, o Alfagaris foi criado em 2017, após a empresa identificar que muitos dos seus colaboradores tinham dificuldades com tarefas cotidianas, como ler placas de ônibus ou usar o caixa eletrônico.
“Uma colaboradora contou que preferia caminhar até em casa a ter que perguntar o nome de um bairro, por medo de revelar que não sabia ler. Dessa forma, percebemos que muitos dos nossos colaboradores enfrentavam dificuldades no dia a dia com tarefas que, para a maioria das pessoas, parecem simples”, contou o superintendente Sérgio.
![]() |
Programa foi criado pela empresa Sustentare Saneamento em parceria com a Universidade Estadual de Feira de Santana (UEFS) — Foto: Divulgação/Sustentare-Alfagaris |
Segundo a coordenadora do projeto, professora Sandra Nivia Soares, o Alfagaris parte da compreensão de que a alfabetização precisa dialogar com o cotidiano, com os direitos e com a dignidade das pessoas envolvidas.
“A gente não alfabetiza só para ensinar a ler e escrever, mas para que esses trabalhadores leiam e escrevam o mundo a partir de suas experiências. Por isso, o projeto articula tecnologia, aulas de campo, participação na Feira do Livro, visitas ao cinema, ao teatro, ao Observatório Antares, criando possibilidades concretas de acesso à cultura, à cidade e aos direitos”, destaca a docente.
Além da alfabetização formal, o projeto inclui visitas a feiras literárias, teatros, cinemas e outros espaços culturais, com o objetivo de ampliar o acesso à cidade e aos direitos.
O projeto já alfabetizou mais de 100 trabalhadores da limpeza urbana em Feira de Santana. Segundo Sérgio, muitos deles seguiram os estudos após a alfabetização, alcançando novas etapas da formação escolar. A expectativa agora é de que o projeto continue abrindo caminhos e possibilite o acesso ao ensino superior.
“Mais de 100 pessoas já passaram pelo projeto, e muitos continuam os estudos, inclusive no ensino médio. Nosso sonho é que um dia uma dessas pessoas consiga se formar na universidade", completa Sérgio.
![]() |
Projeto inclui visitas a feiras literárias, teatros, cinemas e outros espaços culturais Foto: Divulgação/Sustentare-Alfagaris |
- Projeto de Extensão Alfagari
- Afreektech
- Amigos do LOU
- Astronomia no Sertão: Ciência e Tecnologia para a Educação
- Sustentável em Comunidades
- Indígenas
- Escrevendo na Quebrada
- Lumus
- MPBIA nas escolas
- Inovação e Sustentabilidade: A construção de uma política de Convivência com o Ser-Tão
- Projeto Oásis
Nenhum comentário:
Postar um comentário
AVISO: Os comentários são de responsabilidade de seus autores e não representam a opinião do ICHU NOTÍCIAS.
Neste espaço é proibido comentários que violem a lei, a moral e os bons costumes ou violem direitos de terceiros. Administradores do ICHU NOTÍCIAS pode até retirar, sem prévia notificação, comentários ofensivos e com xingamentos e que não respeitem os critérios impostos neste aviso.