LUIZ
FLÁVIO GOMES (@professorLFG)*
"Na
primeira noite, eles se aproximam e colhem uma flor de nosso jardim. E não
dizemos nada. Na segunda noite, já não se escondem, pisam as flores, matam
nosso cão. E não dizemos nada. Até que um dia, o mais frágil deles, entra
sozinho em nossa casa, rouba-nos a lua, e, conhecendo nosso medo, arranca-nos a
voz da garganta. E porque não dissemos nada, já não podemos dizer nada.”
(Vladimir Maiakovski).
A
carnificina é generalizada. A mídia, com razão, protesta contra as 10 mortes
diárias na cidade de São Paulo. Mas não chama atenção para as outras 137 em todo país (confira nosso
delitômetro – www.institutoavantebrasil,com.br).
Extermínio epidêmico. Que está ficando mais complexo com a presença de
milícias. Milícias matando policiais, membros das facções matando gente das
milícias e das polícias, policiais matando gente de todo tipo. Pobres coitados
morrem por engano (O Estado de S. Paulo de 11.11.12, p. C3), estudante da USP
sendo executado (O Estado de S. Paulo de 10.11.12, p. C1), homem é dominado e executado
pela PM (O Estado de S. Paulo de 12.11.12, p. C3) etc.