|
Polícia mantém buscas por suspeitos |
Nove pessoas foram presas e seis adolescentes apreendidos acusados de participar dos ataques em Porto Seguro, conforme disse o secretário de Segurança Pública, Maurício Barbosa, durante entrevista coletiva realizada nesta quinta (1º). Entre os detidos está Murilo Fernandes dos Anjos, que foi reconhecido por uma testemunha ao dar entrada no Hospital Luís Eduardo Magalhães com o braço queimado. A polícia apreendeu um veículo que estava com Murilo e que foi filmado por câmeras de segurança no momento de um dos ataques.
Nesta quarta, criminosos incendiaram quatro ônibus e apedrejaram outros dois em protesto pela morte do traficante Edilson Pereira Viana, conhecido como Aleluia.
A polícia investiga uma quadrilha que atua no bairro Baianão, um dos atingidos pela onda de ataques, conhecida como Mercado do Povo Atitude (MPA), comandada pelo traficante André Márcio de Jesus, 26 anos, conhecido como Buiú, apontado como mandante da ação criminosa em Porto Seguro. População - Apesar da interrupção dos ataques, o clima continua tenso na cidade. Mesmo assim, a população começa a retomar a rotina, abrindo os comércios e circulando pela cidade.
Desde 6 horas de hoje, o helicóptero da Polícia Militar sobrevoa o município em busca de suspeitos. Viaturas de diversos grupamentos das polícias Civil e Militar da Bahia circulam pela cidade, principalmente no bairro Baianão, um dos atingidos pela ação criminosa.
Presos - Nesta quinta, 70 detentos do Complexo Policial de Porto Seguro serão transferidos por conta da superlotação da unidade, que comporta 32 internos, mas está com 145 atualmente. Quarenta presos vão para Valença, 20 para Esplanada e dez para Serrinha.
Custódia - Ao mesmo tempo em que a cúpula da polícia se mobiliza para controlar a situação em Porto Seguro, um cartaz preso na porta do Complexo Policial informa que a diretoria do Sindicato dos Policiais Civis (Sindpoc) ameaça entregar a carceragem da unidade para a justiça, alegando que custódia de preso não é função da polícia.
A categoria discute o assunto hoje às 11h30 em uma assembleia. A decisão foi tomada após o assassinato do PM Luiz Cláudio Dias dos Santos no último sábado (26). Ele foi morto por Rivaldo Freitas Oliveira, o Maicão, quando este fugia da prisão.
Da Redação AG A Tarde , com informações de Joá Souza e Mário Bitencourt