O satélite vai fazer a reentrada na atmosfera a uma velocidade de 28 mil km/h. Como ele estará próximo da Terra em poucos dias, cientistas poderão estimar com maior precisão quando ele vai cair com 10 horas de antecedência.
Pedaços de um satélite desativado podem se chocar com a Terra a partir de sexta-feira, de acordo com informações do Centro Aeroespacial Alemão.
Cientistas não pode se comunicar com o satélite alemão ROSAT que orbita a Terra a cada 90 minutos e especialistas não estão certos onde exatamente os pedaços do satélite possam cair. Partes do satélite, que é do tamanho de uma minivan, se queimarão durante a reentrada, porém mais de 30 fragmentos pesando no total 1,87 tonelada podem se chocar com a Terra entre sexta e segunda-feira, disse o porta-voz do Centro, Andreas Schuetz.“Todas as regiões entre as latitudes 53 Norte e 53 Sul podem ser afetados”, disse Schuetz. A área inclui a maioria dos países, inclusive o Brasil.
O satélite científico de 2,69 toneladas foi lançado em 1990 e desativado em 1999 após ser usado na pesquisa de buracos negros e estrelas de nêutron, além de fazer uma vistoria por todo o céu com fontes de raio-x e imagens de telescópio. O maior fragmento do ROSAT que pode se chocar com a Terra é o espelho de resistência ao calor do telescópio.
O satélite vai fazer a reentrada na atmosfera a uma velocidade de 28 mil km/h. Como ele estará próximo da Terra em poucos dias, cientistas poderão estimar com maior precisão quando ele vai cair com 10 horas de antecedência.
Um satélite desativado da Nasa caiu no Oceano Pacífico no mês passado sem causar estragos, embora tenha provocado apreensão de que pudesse cair em uma área populosa e causasse danos e mortes. De acordo com a agência espacial americana, a probabilidade que os fragmentos coloquem em risco a vida de civis era "extremamente pequena", cerca de 1 em 3.200.
A Agência Espacial Alemã estima que a possibilidade de o satélite cair sobre alguém em algum lugar da Terra seja de 1 em 2 mil – um risco um pouco maior que o estimado para o satélite da NASA.
Com informações da AP