Há uma década denunciando a extração ilegal de madeira, Osvalinda e
Daniel Pereira encontraram duas covas com duas cruzes de madeira no
quintal de casa, no assentamento Areia, próximo a Trairão (oeste do
Pará), em junho do ano passado. Depois de denunciar ao Ministério
Público o desmatamento ilegal, Gilson Temponi, presidente de uma
associação de agricultores em Placas (PA), foi executado a tiros em casa
em dezembro de 2018.
Em março deste ano, criminosos mataram a ativista Dilma Ferreira da
Silva no assentamento Salvador Allende, na região de Tucuruí (PA), e
mais cinco pessoas, segundo a polícia a mando de um fazendeiro envolvido
em extração ilegal que temia ser denunciado. Casos como esses estão no
relatório "Máfias do Ipê: como a violência e a impunidade impulsionam o
desmatamento na Amazônia brasileira", da organização não-governamental
Human Rights Watch.