Como era bom poder ver - a família reunir-se na cidade, num ambiente cívico e familiar para assistir os desfile de 7 de setembro, chamávamos de “Parada de 7 de Setembro” - nas cidades, sejam elas de pequeno ou grande porte.
Como era bom poder ver - apesar do forte sol ou da chuva, nas calçadas muitas crianças, famílias completas, senhoras e mulheres grávidas. Como não podia deixar de ser, o patriotismo estava presente e o romance também estava no ar.
Meus pais levavam a turma toda, os menores e os maiores. Não íamos todo ano, mas íamos bastante. Eu e a molecada gostávamos muito de ver as escolas desfilando, os cavalos todos paramentados, as bicicletas enfeitadas e nós com a bandeirinha nacional nas mãos comemorando a independência do nosso país Brasil.
Como era bom poder ver - pessoas mais patrióticas ainda, vestidas com as cores da pátria. Envolto na bandeira brasileira ou com a camisa da seleção. O momento realmente é de comemoração, um momento cívico, de criar amor pela pátria, cidadania, apesar dos problemas do país. Ir às ruas faz parte do caráter do cidadão.
Como era bom poder ver - as pessoas irem ao desfile pela primeira, levar o marido ou a esposa, filhos, sobrinhos e até bebê de colo. No fim poder ver a declaração de que participar foi muito bom, foi maravilhoso, que as crianças gostaram muito e que vai voltar outras vezes.
Como era bom poder ver - as homenagens feitas aos estados da federação, com desfile de bandeiras.
Como era bom poder ver - casais dando uns "amassos" nas praças, nos bancos e nos jardins, sem perder a atenção para o desfile. Entre uma olhada e outra, trocam beijos e carícias.
Porque se deixou perder esse tempo, esse espírito patriótico, esse momento que também é da família?
É preciso resgatar o desfile da "Parada de 7 de Setembro", nossas crianças precisam valorizar nossos símbolos nacionais, levantar quando o Pavilhão Nacional é hasteado. Por a mão no coração enquanto ouve o Hino Nacional e não precisa dizer que saber cantar deveria ser uma obrigação.
Junto com a Secretaria de Educação e Cultura, o município de Candeal deveria repensar no resgate dessa tradição e da cidadania.
Por Josman/Candeal em foco