No portal A Voz da Caatinga uma matéria tem chamado a atenção, a matéria diz que o maior problema de miséria apontado pelo Censo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística e pelo Ipea (Instituto de Pesquisas Aplicadas) é encontrado na Bahia, que conta com 2,4 milhões de pessoas que vivem em famílias com renda de até R$ 70 per capita mensal, ou 17,1% dos habitantes. A média nacional é de 8,5%.
A Bahia ultrapassou o Maranhão, que, durante décadas, acompanhado de Alagoas, foi o Estado mais miserável do país.
De acordo com o censo, o Estado governado pelos Sarneys está em segundo lugar em número de miseráveis (1,7 milhão). O terceiro lugar é do Ceará (1,5 millhão).
Analisando o índice de miséria a nível de Brasil:
Quando analisamos o indice de miséria a nível de Brasil vemos que a pobreza é a maior de todas as mazelas do nosso país, é a chaga aberta que nos faz lembrar que por mais que o país demonstre essa pujança econômica ainda temos muitas pendências para resolver antes de nos considerarmos uma potência mundial.
Não, não estou querendo salvar o combalido complexo de vira-latas, que é tão difícil de se livrar, esta é apenas uma realidade para a qual não podemos fechar os olhos. Os governantes anteriores trataram os pobres como mão de obra barata e um estorvo para a elite econômica, que preferia quando não tinha que dividir com a “gentalha” o direito de eleger seus governantes. Essa política de governar para os ricos criou um distanciamento cada vez maior entre ricos e pobres, e excluiu os últimos do mercado consumidor, condenando o país a anos de crescimento econômico pífio.
No final do governo do presidente Itamar Franco, com o controle inflacionário, pouco mais de 18% das pessoas miseráveis ultrapassaram a linha da pobreza, e depois de ficar 7 anos estagnada durante o governo FHC sem apresentar melhora, a diminuição da miséria retornou a partir de 2003 e vem mantendo trajetória de queda progressiva desde então.
Redução da Pobreza entre 1993 e 2009 (Clique na imagem para ver com resolução superior)
O gráfico acima mostra que após a queda da pobreza da ordem de 18,47% no final do mandato de Itamar Franco, o governo FHC é marcado pela estagnação da taxa, que sofre nova queda ainda maior a partir de 2003, e vem se confirmando ano a ano segundo dados da série histórica do PNAD,e que só até 2008 já havia sofrido redução de 43%, mostrando como são falaciosos os argumentos de quem afirma que o decréscimo da pobreza é uma constante entre os dois governos. Não é, e esse gráfico prova isso.
Evolução do Rendimento médio mensal do Brasileiro (Clique na imagem para ver com resolução superior) Outro parâmetro que mostra a diferença de resultados entre os dois governos e que normalmente reflete um certo grau de satisfação pública é o rendimento médio do Brasileiro. Veja o gráfico abaixo:
O gráfico de variação do rendimento médio mensal mostra claramente a queda dos rendimentos dos brasileiros durante todo o governo FHC e depois recuperação durante Lula. Entre 2003 e 2008 o ganho trabalhista no nordeste chega a 7,3% ao ano, desmentindo a tese que os ganhos se devem apenas as transferencias de renda do “assistencialismo” oficial.
As informações são do portal A voz da Caatinga e Pontoecontraponto.com