Imagem ilustrativa |
Estudante de psicologia, que já tinha filho de 3 anos, não contou a ninguém que estava grávida.
Era 18 de agosto. E, após esconder da família a gravidez, enfim chegou o momento de uma universitária de 19 anos dar à luz. Em seu quarto, sozinha, a estudante de Psicologia da Unijorge, tem seu bebê. Mas, em vez de abraçar a menina que acabara de nascer, a mãe - que não teve o nome revelado - asfixiou a criança colocando papel higiênico em sua boca para, em seguida, desferir dez golpes de faca em várias partes do corpo do bebê. Ela, então, escondeu o corpo no canil que fica no quintal da casa dos tios - com quem ela mora -, em Itapuã. As informações são da assessoria de comunicação da Polícia Civil.
A futura psicóloga - que já tem um filho de 3 anos - passou mal e foi levada para o Hospital da Sagrada Família (HSF), na Cidade Baixa, para fazer curetagem (procedimento para retirada de placenta). “Os médicos perguntaram sobre a criança e a mãe respondeu que não sabia”, disse a assessoria. Intrigados, representantes da unidade hospitalar procuraram a polícia, que localizou o corpo um dia após a estudante ter dado entrada no hospital.
Cinco dias após ficar internada, sob risco de morrer, a estudante prestou depoimento na 3ª Delegacia (Bonfim). “Ela conta que não lembra de ter ficado grávida nem ter dado à luz”, lembra uma fonte da assessoria de comunicação. Chocados, parentes da mulher afirmaram desconhecer a gravidez. Sem flagrante, a universitária foi ouvida e liberada. O caso foi registrado na 12ª Delegacia (Itapuã) como infanticídio. Para investigar as circunstâncias do crime, a polícia aguarda o resultado do exame de DNA e da perícia. Os laudos devem ficar prontos em, no mínimo, 60 dias. O corpo da bebê permanece no Instituto Médico-Legal Nina Rodrigues (IMLNR) e só poderá ser sepultado após registro civil.
A universitária é natural de Terra Nova, a 75 quilômetros de Salvador, e veio para a capital estudar, onde passou a morar com os tios. Ela costuma viajar nos finais de semana para visitar a família. O filho de 3 anos mora com os avós na mesma cidade. Não há registros de agressões por parte da mãe contra o primeiro filho.
Segundo uma fonte policial, a estudante tem relacionamento com um rapaz naquele município. “Mas ela acabou se envolvendo com outro homem em Salvador e pode ter ficado grávida dele. É provável que ela tenha entrado em pânico e, por isso, escondeu a gravidez”, conta. No HSF, funcionários não puderam comentar o caso. Segundo a polícia, outras informações não foram divulgadas a pedido da família e as investigações podem correr em segredo de justiça. (correio)