Um depósito de lixo sem tratamento tem provocado mau cheiro e transtornos para moradores, além de poluir as águas do rio Jacuípe e causar a morte de animais na zona rural de Riachão do Jacuípe, a 55 km de Serrinha.
O lixão está localizado em um grande terreno e existe há quase sete anos. São despejados no local todos os resíduos oriundos da coleta de lixo na cidade. Os urubus são atraídos e incomoda quem mora nas redondezas. Entre eles, está o mecânico Heldegardes Pinto de Matos, que diz ter procurado o Ministério Público algumas vezes, mas não obteve solução até o momento. "Temos problema de cachorro, problema de urubu, problema de carcará, muito mau cheiro, fumaça", descreve o mecânico.
Ossos de animais e móveis quebrados, além de lixo hospitalar e tecnológico são alguns dos resíduos sólidos despejados no lixão. Ao longo dos anos, o riacho que existia no local acabou encoberto pelo lixo. Os moradores contam que, quando chove, a água arrasta o lixo para o rio Jacuípe. Parte dos resíduos é queimado. Os moradores dizem que raramente vêem máquinas trabalhando no local para tentar amenizar o problema. "É a primeira vez que vejo máquinas aqui fazendo esse movimento", diz o agricultor João Oliveira.
O lavrador Tertuliano da Silva Santos diz que não sabe mais o que fazer. Ele tem uma pequena fazenda vizinha ao local, que fica cheia de sacos plásticos levados pelo vento e, por conta disso, afirma que muitos de seus animais já morreram. "Em duas horas, já perdi três bezerros, tudo embuchados de plásticos. Tem horas que dá vontade de botar fogo em tudo e dizer adeus, acabou. Tanto que eu trabalhei para ver uma miséria dessa aqui. É difícil", comenta o lavrador.
O prefeito da cidade, Lauro Falcão, disse que está à procura de um novo terreno, em local mais distante da cidade para implantar um aterro sanitário. Ele afirma que o projeto do aterro já foi aprovado pelo Governo Federal como parte do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). Fonte: Clériston Silva