As denúncias de que alguns candidatos a 1ª habilitação tiveram suas aprovações facilitadas por funcionários chegaram à sede em Salvador.
Após diversas denúncias de irregularidades contra a 3ª Circunscrição Regional de Trânsito (Ciretran), uma equipe designada pelo Diretor Geral do Detran, coronel Cassivandro da Costa Santos, esteve em Feira de Santana para fiscalizar a prestação de serviços e os procedimentos realizados no local.
De acordo com o interventor da Ciretran, Oswaldo Mota Moura, os pontos mais críticos são as áreas dos exames de rua e vistoria, de onde um servidor foi exonerado e outros foram remanejados.
“Trouxemos alguns servidores da sede do Detran (Departamento de trânsito) e os distribuímos nos diversos setores para iniciar a fiscalização. Logo quando chegamos verificamos diversas irregularidades, por isso foram feitas essas alterações”, explicou.
As denúncias de que alguns candidatos a 1ª habilitação tiveram suas aprovações facilitadas por funcionários chegaram à sede em Salvador e para coibir a prática houve o remanejamento de servidores e inclusão de novos examinadores.
“Também colocamos uma pessoa exclusiva para fazer o controle e evitar que haja a escolha do examinador para aprovar candidatos”, disse Oswaldo Moura. Ele explica que o lançamento dos resultados ficava a mercê da vontade dos servidores e por isso havia uma demora de quatro a oito dias para constar no sistema. “Agora designamos uma pessoa para fazer o lançamento de imediato para não deixar espaço para candidatos reprovados terem seus resultados alterados. Já estamos de forma segura bloqueando esse tipo de ação”, afirmou.
Vistoria
O interventor informou que haverá aumento no número de servidores no setor de vistoria e que encontrou diversas irregularidades. “Constatamos efetivamente que algumas vistórias, por intermédio e alguns despachantes principalmente, estavam sendo realizadas somente com o recalque do chassi, ou seja, os veículos não se faziam presentes no pátio da Ciretran e por conta disso nós bloqueamos essa prática e colocamos servidores para ter o controle efetivo de todos os veículos que entram no pátio”, informou.
Propina e exoneração
Questionado se havia propina nos departamentos fiscalizados, o interventor informou que não pode confirmar qualquer informação relacionada, uma vez que não houve instauração de processo administrativo nem abertura de sindicância.
“Isso eu não posso assegurar, mas quando concluirmos os processos que deverão ser instaurados vamos divulgar os resultados”, disse.
A principal irregularidade causou a exoneração de uma servidora, o motivo, porém não pode ser informado. Sobre isto Osvaldo Moura explica que o cargo era comissionado e a exoneração podia ser feita há qualquer momento pelo diretor.
Segundo ele, outro ponto crítico foi o atendimento indiscriminado de despachantes e zangões (não credenciados como despachantes) fora do horário em guichês que são destinados ao atendimento particular. “Existe horários e sistema (via malote) certos e enquanto eu estiver aqui não quero que nenhum despachante seja atendido em guichês destinados ao particular”, concluiu.
Fonte: Acorda Cidade // Por Andréa Trindade com informações e foto do repórter Ed Santos do programa Acorda Cidade.