Quantas vezes você não foi despertado por pessoas, sempre em duplas, que batem à sua porta, para falar sobre textos sagrados e, propondo-lhe um curso gratuito de estudo da Bíblia, sem contar com a promessa de que após a morte, você poderá voltar a reinar na terra ao lado de Jeová.
Sempre estão bem vestidos, bem falantes, e treinados para responder a eventuais questionamentos do morador, seguindo à risca modernas técnicas de convencimento, geradas e produzidas por um grupo de norte-americanos, chamados de Corpo Governante, que são os gestores mundiais das Testemunhas de Jeová.
Mas tem algo que eles nunca afirmam para os moradores, e até mesmo para os iniciantes que, por curiosidade comparecem nos encontros semanais por eles realizados, em templos protegidos por muros (não há templo das TJ´s cuja porta fique livre para a rua).
O que eles não informam, e aí reside o perigo, é que ingressando nas Testemunhas de Jeová, você terá que seguir regras duríssimas, dentre as quais a que mais os aproxima dos radicais islâmicos - aqueles que colocam bombas no próprio corpo -, qual seja, deixar que o próprio filho morra à míngua, mas não permitir que lhe seja feita uma transfusão de sangue.
São inúmeros os casos de crianças e adolescentes, filhos de Testemunhas de Jeová, que morrem país afora, por não lhes ser permitida uma transfusão de sangue, já que somente aceitam tratamentos alternativos, que nem sempre estão à disposição nos hospitais brasileiros, num comportamento sob todos os aspectos deplorável.
Os médicos, invariavelmente, buscam ordem judicial para a transfusão de sangue, entretanto algumas vezes isso não é possível, e em face de relutância dos pais em autorizar, vêem pacientes morrendo no auge da juventude, sob o manto de uma interpretação bíblica que beira o absurdo.
Às vezes achamos estranho quando vemos na TV crianças, jovens e até mulheres grávidas (chamam menos a atenção), se explodindo em nome de uma divindade, mas nos esquecemos que ao nosso redor pessoas estão pregando algo muito parecido, qual seja, ensinamentos que em última análise podem significar a morte de um filho, de uma filha, enfim, de um ente querido.
Imagine você deixar seu próprio filho morrer, mas não permitir uma transfusão de sangue, ou imagine você ter que andar com um cartão com a sua assinatura reconhecida em Cartório, onde declara que não aceita transfusão de sangue - se não houver tratamento alternativo pode deixar você morrer -, e ainda assim achar que isso é uma coisa natural.
Pois é isso que o espera, é isso que o aguarda, caso atenda o chamamento dos bem vestidos e falantes que batem à sua porta, muitas das vezes perturbando o seu legítimo direito ao descanso semanal, ao convívio familiar sem interferência de terceiros.
Por: Fabíola Vale (fabiola.pvale@gmail.com)
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