De acordo com pesquisa, 2,6 milhões de brasileiros já fumaram crack pelo menos uma vez e 20% do consumo da droga no mundo é feito no Brasil
Escondido atrás de um carro, um jovem acende um cachimbo improvisado. Ele dá uma, duas, três baforadas. Desconfiado, sai andando em direção a um contêiner de lixo, onde encontra um grupo de moradores de rua. A conversa é rápida, assim como a distribuição das pequenas pedras embaladas em sacos plásticos. Em seguida, a turma se dispersa.
Instantes depois, todos eles retornam ao local para uma nova rodada de crack. Tudo isso aconteceu ontem, entre 10h e 11h, na Rua do Gravatá, Centro Histórico de Salvador. Um dia depois da divulgação de uma pesquisa mostrando que o Brasil ocupa a primeira colocação mundial em consumo de crack, o CORREIO percorreu alguns pontos de Salvador e encontrou com facilidade exemplos do que mostra o levantamento do Instituto Nacional de Pesquisa de Políticas Públicas do Álcool e Outras Drogas (Inpad) da Universidade Federal de São Paulo.