Para se conhecer a situação de extrema pobreza em que vivem milhares de pessoas, não é necessário andar muito. Na região sisaleira, contraditoriamente, as ricas terras da maior mina de diamantes da América Latina e do ouro a céu aberto, no município de Nordestina, são um exemplo da realidade vivida pelo sertanejo nesta parte da Bahia.
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Das 9.623 pessoas inscritas na Bolsa Família, programas do governo federal, aponta que 6.473 vivem em extrema pobreza, sendo mais de mil delas sem perspectiva de vida, um retrato duro e cruel da realidade desse povo sofredor, excluído e castigado pela seca que tem devastado plantações, pastagens, secado aguadas, rios, riachos, cacimbas e matado animais. Em outubro de 2016, eram 3.229 famílias inscritas no Cadastro Único do Programa Bolsa Família do governo federal, das quais 2.076 com renda per capita familiar de até R$ 85,00/mês. Em dezembro, o relatório apontou 1.767 famílias em estado de extrema pobreza e receberam benefícios com valor médio de R$ 241,35. As transferências feitas pelo governo federal no último mês do ano passado alcançaram o montante de R$ 517.939,00.