O ex-presidente da empreiteira Odebrecht, Marcelo Bahia
Odebrecht, narrou durante seu acordo de delação premiada como a prática
de caixa 2 foi “naturalizada” durante as campanhas eleitorais. Segundo o
executivo, não existiu nenhuma campanha nos últimos anos que não tenha
recebido valores não declarados, mesmo que os candidatos beneficiados
não soubessem disso.
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Odebrecht explicou que as verbas não oficiais eram
uma forma de garantir o apoio a um candidato com quem tivessem uma
relação mais forte sem que os concorrentes tivessem noção disso. "Não
tem como você dar um montante diferenciado sem ser de caixa 2. Porque o
limite que a gente definia internamente para um candidato a governador
era R$ 200 mil. Então todo lugar em que a gente tinha uma relação forte,
por mais que usasse o comitê estadual ou nacional, tinha um limite. Em
algum momento, se tinha uma relação diferenciada, tinha caixa 2",
garantiu.