Documento tornado público pelo Departamento de Estado dos Estados
Unidos mostra que o ex-presidente Ernesto Geisel (1974-1979) autorizou
que o Centro de Inteligência do Exército (CIE) continuasse a política de
execuções sumárias contra opositores da ditadura militar no Brasil
adotadas durante o governo de Emílio Garrastazu Médici, mas que
limitasse as execuções aos mais “perigosos subversivos”.
O memorando de 11 de abril de 1974, assinado pelo então diretor da
CIA (serviço de inteligência dos EUA) Willian Colby e endereçado ao
então secretário de Estado Henry Kissinger, afirma que o presidente
Geisel disse ao chefe do Serviço Nacional de Informações (SNI) à época,
João Baptista Figueiredo, que se tornou presidente entre 1979 e 1985,
que as execuções deveriam continuar.