Três mil pessoas, presentes no Ginásio Nilson
Nelson, testemunharam, em 12 de agosto de 1989, a última apresentação de Raul
Seixas. Naquela noite, ele dividiu o palco com Marcelo Nova, em show pela
segunda edição do Festival Latino-Americano de Arte e Cultura (Flaac),
promovido pela Universidade de Brasília (UnB). Com a saúde debilitada, o Maluco
Beleza estava feliz, mas tinha a voz trêmula e demonstrava dificuldade para se
movimentar no palco.
Nove dias depois, às 7h da manhã, o “pai do rock
brasileiro”, aos 44 anos, foi encontrado morto no quarto da casa onde morava em
São Paulo, fato que provocou grande comoção nacional. O cantor e compositor
nascido em Salvador, onde iniciou a carreira, à frente da banda Raulzito e Os Panteras,
deixou um rico legado para a música popular brasileira.