Em ação civil pública ajuizada em Porto Alegre (RS), o Ministério
Público Federal acusou o presidente Jair Bolsonaro (PSL) de cometer
"desvio de finalidade" ao destituir e nomear, no final de julho, quatro
membros da comissão do governo federal responsável por reconhecer crimes
do Estado e localizar corpos de militantes de esquerda desaparecidos
durante a ditadura militar (1964-1985).
O MPF afirma que o decreto da substituição teve "vícios insanáveis",
como "motivação deficiente e inobservância do procedimento exigido para o
ato". Em 29 de julho, incomodado com a ação institucional da OAB (Ordem
dos Advogados do Brasil) em defesa das prerrogativas profissionais do
advogado de Adélio Bispo de Oliveira (um portador de transtorno mental
que tentou matar o então candidato à Presidência em setembro do ano
passado), Bolsonaro atacou o presidente da Ordem, Felipe Santa Cruz.